A dobradura é parte integrante da arte-educação e é um recurso que pode ser utilizado com freqüência em sala de aula, principalmente porque desencadeia outras formas de expressão, como: desenhos, pinturas, colagens, recortes, dramatizações e, de modo especial, a criação ou reprodução de histórias. Com a utilização de uma folha de papel, de uma história e/ou uma canção, o professor pode levar a criança a expressar prazerosamente sua criatividade, fantasia e imaginação. Como uma boa motivação para o trabalho com a produção textual na alfabetização, apresentamos três sugestões de dobraduras:
1 - Pedro, o marinheiro - O professor inicia a história contando que, numa praia distante e deserta, avista-se apenas uma tenda (dobra uma folha retangular ao meio, imitando a tenda), dentro da qual estava um chapéu (faz a dobradura do chapéu), que ali fora esquecido por um marinheiro chamado Pedro. Depois de muita procura, o marinheiro encontra seu chapéu e o coloca na cabeça. Pega, então, seu barco (faz a dobradura do barco) e parte para uma longa viagem, em alto-mar. O dia estava lindo, as águas calmas e o barco navegava tranqüilamente. Aos poucos, porém, o tempo começa a mudar: o céu escurece e começa a ventar – é o anúncio de uma grande tempestade. Pedro pensa em voltar à terra firme, antes que chovesse.Mas não há mais tempo: uma forte chuva começa a cair. As ondas ficam revoltas, o barco começa a balançar de um lado para outro e acaba batendo num rochedo que lhe arranca parte da proa (rasga a parte da frente do barco). O barco rodopia e bate novamente no rochedo, desta vez com a parte de trás da embarcação, a popa (rasga a parte posterior do barco). Apesar de bastante danificado, o barco se mantém sobre a água, graças à perícia do marinheiro. No entanto, logo se faz ouvir um fortíssimo raio, o qual acaba rasgando a ponta do mastro da embarcação, que acaba afundando (rasga a ponta da parte central do barco).
Passada a tempestade, uma equipe de salvamento vai até o mar, à procura de Pedro e dos destroços do barco. Após longa busca, os mergulhadores encontraram... Quem adivinha o que eles encontraram? Pois é, encontraram apenas (depois de bastante suspense, o professor vai desdobrando, aos poucos, o papel, o que restou do barco), apenas... a camiseta de Pedro, o marinheiro (mostra aos alunos no que se transformou o barco – uma camiseta)!
A seguir, o professor pede aos alunos que pensem na história narrada e imaginem um final para ela. O que teria acontecido com Pedro: conseguiu salvar-se, ou teria morrido? Como? Ou solicita às crianças que criem uma nova história, a partir da dobradura. Elas produzirão, então, um texto escrito, que poderá ser ilustrado com as dobraduras do barco e/ou da camiseta, a qual poderá ser enfeitada ou colorida, a gosto dos alunos.
2 - O cachorrinho – Após contar às crianças a história de Pinóquio, boneco de pau que ganhara vida graças a um forte desejo de seu dono e criador, o carpinteiro Gepetto, o professor propõe a elas a confecção de uma dobradura. Passo a passo, ele vai mostrando aos alunos como se faz a dobradura de um cachorrinho, a qual, depois de pronta será colada nos cadernos. Depois de dizer às crianças que, assim como Gepetto conseguiu dar vida ao boneco que criou, elas também poderão - na sua imaginação - dar vida ao cãozinho, o professor pede-lhes que fechem os olhos por alguns momentos e imaginem que o animal tornou-se real: como ele é? Onde vive? Do que gosta e/ou não gosta? Quais as travessuras que costuma fazer? Como é o relacionamento do animalzinho com as pessoas? A seguir, solicita a cada aluno que escolha um nome para o seu cachorro e que produza um texto sobre ele. Certamente os textos produzidos apresentarão características descritivas e narrativas, dada a proposta feita aos alunos.
Observação: O professor precisa tomar cuidado para que os alunos não se limitem, em seus textos, a responder às indagações que forem feitas sobre o “cachorrinho”, as quais não visam direcionar as idéias das crianças, mas apenas incentivar a sua imaginação.
3 - As borboletas – Em retângulos pequenos de papel, dobrados ao meio e de diversos tamanhos, as crianças escrevem o número 3. Após, elas rasgam o papel seguindo o traçado do número. Abertas as dobraduras, obtêm-se borboletas de vários tamanhos, as quais poderão ser coladas nos cadernos dos alunos, sendo depois completadas por eles com as “anteninhas” e coloridas de acordo com o gosto de cada um.
Completada a atividade, o professor partilhará com as crianças informações sobre as borboletas (por exemplo, o porquê das cores desse inseto, a sua metamorfose, onde vive, a necessidade de preservação da espécie, etc.). Tais informações poderão ser enriquecidas através de pesquisa orientada pelo professor. A seguir, os alunos poderão produzir um texto informativo sobre o assunto.
Outra sugestão para o desenvolvimento da atividade é a leitura do texto abaixo, de Vinícius de Moraes, seguida de comentários sobre o poema.
AS BORBOLETAS
Brancas Borboletas brancas
Azuis São alegres e francas
Amarelas Borboletas azuis
E pretas Gostam muito de luz.
Brincam As amarelinhas
Na luz São tão bonitinhas!
As belas E as pretas, então ...
Borboletas Oh, que escuridão!
Fonte: A Arca de Noé. 2. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1989.
Observação: O professor poderá solicitar às crianças a produção, individualmente ou em duplas, de uma história cuja personagem principal seja uma borboleta (quem sabe, uma borboleta branca, ou azul, ou amarelinha, ou preta). Com a imaginação fértil que têm, com certeza os alunos produzirão interessantes narrativas!
Aiii amei suas idéias!!
ResponderExcluirPrecisava dos moldes para mostrar a minha companheira de atividades ...
As crianças do hospital vão amar fazer dobraduras e com sua idéia de imaginação
ficará melhor ainda!!
Obrigada ...
Tenho dois blogs se quiser da uma espiadinha aí vai:
www.clowndehospital.blogspot.com
www.atividadespedagogicas.blogspot.com
Abraços!!
Amei 🤗
ResponderExcluir